A presente crise militar na Ucrânia veio evidenciar que as formas de conduzir as operações militares são atualmente bem distintas daquelas realizadas há umas décadas. O uso recorrente das tecnologias de controlo remoto nos meios empregues no terreno já demonstrou a sua eficácia quando comparado com o confronto direto. É hoje mais que evidente que a capacidade proporcionada pelos veículos aéreos não tripulados (UAV), seja pelo aviso antecipado das forças opositoras, seja pela capacidade letal inerente, está a modificar o curso das operações militares. As novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), a tecnologia quântica, a biotecnologia, os megadados e os sistemas autónomos, irão permitir rescrever de uma forma ainda mais acentuada o processo de condução das operações militares, em ambiente terrestre, num futuro não muito distante. Paralelamente, estas tecnologias emergentes e disruptivas ganham da mesma forma especial relevância em outros campos de aplicação, em que se destaca o ambiente marinho.