O “ponto azul-claro”
Somos, de facto, apenas poeira planetária, mas que, na nossa escala espaciotemporal, nos faz sentir a necessidade de sobreviver. É neste planeta, representado por um único píxel azul-claro, que temos de alicerçar, por ora, todas as condições para a nossa sobrevivência.
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Normalmente diz-se que o Homem está à frente da sua época quando é um visionário. Talvez seja, ou talvez esteja na época correta, mas não seja completamente compreendido. Durante a minha juventude assisti a inúmeras séries de ficção científica que alimentaram a crença de que teríamos de sair do nosso planeta para garantir a nossa sobrevivência, o que de uma certa forma não deixa de ser verdade. Até à data, e apesar de o Homem já ter ido à Lua, tais factos continuam a não passar daquilo que eram na realidade do momento – ficção científica. No entanto, dois visionários destacavam-se na transição daquilo que era considerado ficção pura e dura para aquilo que era reconhecido como ciência. O primeiro, Carl Sagan, que nos entrava em casa através da televisão com o seu amplamente conhecido programa “Cosmos”, mostrava-nos uma realidade científica para além dos nossos limites de vivência, não deixando nunca de olhar para o interior do próprio planeta. Uma frase digna de relembrar por parte de Sagan era de que “A extinção é a regra. Sobreviver é uma exceção.” Ainda hoje, é claramente nessa exceção que nos temos de focar para que possamos (sobre)viver.
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