Este é sem dúvida um verão quente e ainda estamos praticamente no início. Para os veraneantes, que apreciam ir a banhos sem sentir o indesejado choque térmico, este verão aparenta ser um verdadeiro espetáculo. Mas poderá não ser bem assim. Sucessivamente, temos assistido a um bater de recordes de temperatura em vários pontos do globo, não sendo Portugal uma exceção. O alarmante é que não só se tem verificado um aumento contínuo das temperaturas máximas, bem como o mesmo está a acontecer com as mínimas diárias que começam a galopar. Invariavelmente, sendo o planeta um sistema fechado, estes aumentos térmicos são refletidos na temperatura da água à superfície. As expectativas de picos térmicos estimadas para daqui a alguns anos já estão a ser atingidas e isso é facilmente demonstrado pelos dados do sistema MONIZEE do Instituto Hidrográfico (IH). Por exemplo, a temperatura média na costa portuguesa, tal como registada pelas boias ondógrafo do IH, fixou-se no final de junho entre os +1 °C e os +2,3 °C, quando comparada com a média dos últimos 20 anos, sendo que os valores mais elevados se verificaram em latitudes mais a norte. Por sua vez, as temperaturas máximas destacaram-se das médias do mesmo período na ordem dos +4 °C.