cacarejar. Quem o conhece, não estranha. Rui Rio não se deixa condicionar. Mesmo quando o PSD parece frágil e os seus opositores se sentem mais à vontade para o pôr em causa, não se afasta da sua agenda e do seu calendário. Continua a pensar que as eleições se perdem e raramente se ganham. E, por isso, não está disposto - afirmou ao "Bloco Central" da TSF - a "andar a cacarejar contra o Governo". Os galináceos parecem ter ganho espaço no discurso político dos últimos dias. Os ovos favorecem os socialistas e Rio não se importa até de dar uma mão à "taxa Robles" (é difícil imaginar uma designação mais perversa do que a que o CDS colou ao Bloco). O líder do PSD chega ao ponto de considerar Mário Centeno "uma espécie de PPR que aqui temos", que nos protegerá de excessos de eleitoralismo. Só falta mesmo imaginar Centeno ministro do PSD. Perguntado, disse: "Essa pergunta é difícil de responder". Não custa a perceber a irritação que por aí vai e os olhos a brilhar de Santana Lopes e da sua Aliança.