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António Moita - Jurista
14 de Julho de 2025 às 09:15

A justiça não se faz pela televisão

Por mais que os ecrãs tragam para as nossas casas imagens de tribunais, julgamentos mediáticos e declarações inflamadas, aquilo que realmente importa — os factos, as provas, o contraditório — não cabe num resumo de cinco minutos, num título sensacionalista ou em grandes reportagens autointituladas de “grande investigação”.

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Durante os últimos anos habituámo-nos a julgar o mundo apenas pela informação que nos chegava. Muitos foram os interesses comerciais e políticos que se aproveitaram da nossa ingenuidade. As redes sociais vieram acelerar todo este processo de descredibilização da informação e nem os canais de notícias, mesmo estando ativos as 24 horas de cada dia, conseguiram inverter esta nuvem cada vez mais negra que continua a pairar sobre as opiniões públicas. Não irei voltar a falar dos grandes conflitos mundiais ou do problema das tarifas pois em ambos os casos existem opiniões muito extremadas a favor e contra. Vou aproveitar apenas, referindo apenas casos nacionais, processos em que aparentemente a opinião pública está toda – ou quase – de um lado e a outra parte parece estar isolada. Claro que, independentemente da razão que assista a cada um, a verdade é que foi a comunicação social a primeira a ditar a sentença de condenação. E provavelmente daqui já não sairemos mesmo que o tribunal venha a julgar de outro modo. 

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