Afinal quem é o presidente da junta?
Defender interesses locais legítimos nem sempre é compatível com o interesse global. Na reunião da assembleia de moradores até pode valer o esforço. Mas na Assembleia da República é bem diferente o que está em causa.
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Começo por uma declaração de interesses. Sou grande defensor do poder local e do papel das autarquias no desenvolvimento do país. Sem elas teríamos aldeias, vilas e cidades diferentes e as populações não teriam o apoio ou a atenção de que hoje são alvo. É também visível, em muitos casos, que a ausência de cumprimento das obrigações da administração central do Estado é colmatada, ou mitigada, pelos orçamentos municipais. Quantas são as esquadras de polícia que não funcionariam se não fosse o apoio permanente da autarquia? Os maus exemplos não acabam e estendem-se a muitas outras áreas. Claro que há autarcas mais atentos e outros menos. Uns com mais meios do que outros e com prioridades muito diferentes. Mas é por isso que na altura do sufrágio uns alcançam melhores resultados do que outros. Em democracia é assim. E ainda bem.
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