Um jardim de metáforas
O Presidente usou uma metáfora de jardinagem no discurso do dia de Portugal. O que é adequado para um quase jardim à beira-mar plantado, onde há demasiada pressão financeira sobre as famílias e onde falta esperança e um caminho de futuro.
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O Presidente da República usou uma metáfora sobre os ramos mortos que atingem a árvore toda, sugerindo a necessária poda do governo, nas comemorações do dia 10 de Junho. No magnifico vale do Douro onde seria mais natural citarmos um texto de Agustina, esse discurso lembra um filme de há 44 anos protagonizado por Peter Sellers, “Bem-Vindo Mister Chance”, que conta a história de um simples e simplório jardineiro chamado Chance. O homem cresce fechado na casa do patrão, e quando ele morre é posto na rua. Sem saber nada do mundo, além do que via na TV, fica amigo de um homem influente, que confunde a sua inocência com sabedoria, e Chance chega a ser um guru e as suas declarações que se limitavam à arte da jardinagem, eram entendidas como sabedoria extrema. Ao dizer que na primavera as árvores florescem, alguns pensavam que estava a falar da retoma económica.
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