A vida difícil do novo governo em 5 pontos
O “não é não” total deixará André Ventura como quer – auto vitimizado, a puxar pelas credenciais “anti-sistema”, sempre sem ser testado. Será um erro a pagar, desde logo, pelo próprio PSD.
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Pressa. Não deixa de ser irónico que, logo a seguir a um ciclo de oito anos marcado pela inação, se considere que o novo governo “tem dois meses” ou “seis meses” para “mostrar o que vale” (cito títulos na imprensa). A pressa repentina é uma tradução da fragilidade política da equipa de Luís Montenegro e é, em si mesma, uma causa dessa fragilidade. A esmagadora maioria dos ministros não tem experiência governativa – escrevo antes de conhecer os secretários de Estado, que deverão compensar este défice – e todos precisarão de algum tempo para “mostrarem o que valem”. Outra questão está em saber o que é isso de “mostrar o que vale”. Como não há problemas estruturais que se resolvam em meses, parece que a conversa quer dizer um início de ação nessas frentes (SNS, educação, etc.) mas, sobretudo, medidas que envolvam carregar no botão da despesa pública – ir aos alegados “cofres cheios”. Mas estarão “cheios”?
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