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O bom acordo (e o estado da nação)

A forma como as divisões na Europa têm sido ultrapassadas é uma demonstração do compromisso colectivo em não deixar cair um projecto de que todos beneficiam. Depois deste acordo será mais difícil continuar a responsabilizar a EU pelas nossas falhas.

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Os avanços e a correspondente quebra de tabus na União Europeia são um trabalho político e um político só se mexe contra os incentivos de curto prazo quando está perante ameaças existenciais – ou quando tem alguém que assuma a responsabilidade por ele. Em 2012, quando Mario Draghi proferiu o célebre “whatever it takes”, o incêndio já estava às portas do maior mercado de dívida soberana do euro, Itália, e a política do “Norte” da Europa alinhou com Draghi. Em 2015, quando arrancou o programa de compra de activos do BCE, o risco de uma longa estagnação económica ameaçava a zona euro acabada de sair de um choque e a política do “Norte” aquiesceu. Em 2020, com uma pandemia geradora de uma contração económica recorde surgiu de novo uma resposta conjunta que quebra uma resistência política – uma resposta que, desta vez, foi assumida não por um banqueiro central, mas pelos próprios políticos.

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