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O PSD não tem “cérebros”

O debate sobre o estado da nação serviu para mostrar três coisas: um PSD sem “cérebros”, um Governo já a pensar em salvar o Orçamento para 2022, um Bloco a ver se o Governo cede na lei laboral para ter desculpa para regressar à “geringonça” e um PCP que não disfarça que dorme com o PS.

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Centremo-nos no ponto mais grave: o PSD. O papel desempenhado pelo partido no debate foi deplorável. O deputado Adão e Silva foi reduzido a pó por António Costa quando tentou mostrar que o Governo desinvestiu no SNS. O que até é verdade. O problema é que o porta-voz parlamentar, que não devia estar onde está, deixou-se enrolar por Costa. Nomeadamente quando este se socorreu do estafado “o PSD votou contra o SNS”. Se Adão e Silva tivesse feito o trabalho de casa e tivesse dois dedos de testa, teria lembrado a Costa e ao país que as primeiras ideias para o SNS foram lançadas por Paulo Mendo e Albino Aroso, e não por António Arnaut (que entrou tarde no processo). Mas o PSD não tem um líder parlamentar à altura. E tem uma generalizada falta de gente capaz, que o mesmo é dizer de “cérebros”. Quando se olha para as prestações de membros da direção do partido, e para a qualidade do grupo parlamentar (que decaiu bastante da anterior para esta legislatura), é impossível não ficar aterrado: o atual PSD, a começar pela liderança, é o melhor seguro de sobrevivência de António Costa. Não só o primeiro-ministro pode contar com a fraca qualidade da direção dos sociais-democratas, incapazes de lhe responderem à altura, como conta ainda com um líder que, não obstante as negas que recebe, continua a apostar nos acordos com o PS.

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