No papel de empregador, pode o Estado tomar medidas concretas para mitigar a corrosão inflacionista no poder de compra dos seus trabalhadores? A resposta é afirmativa, embora justifique uma análise económica porque a inflação não é o problema mais importante na política remuneratória do sector público. Como em quase todas as dimensões da política, há que entender o quadro geral do problema, estudar as medidas mitigadoras alternativas, prestar atenção a efeitos directos e de curto prazo, mas também a impactos induzidos, a prazos mais alargados e a domínios estruturantes da vida colectiva porventura ignorados em decisões simplistas. No fim do dia, há escolhas a assumir. Como sempre.