Mais um imposto na República das bananas
Somos o único país que se lembrou de aplicar aos supermercados uma taxa sobre os lucros caídos do céu. E não é certo sequer que esses lucros tenham caído do céu. É óbvio que estamos a pagar mais, por exemplo, para comprar uma banana, mas não é óbvio que a distribuição esteja a engordar as margens.
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No verão, o primeiro-ministro pôs pela primeira vez em cima da mesa a possibilidade de taxar, além das petrolíferas, também as donas dos supermercados com um imposto extraordinário sobre os chamados "lucros caídos do céu". Na altura, António Costa não estava convencido, reconhecendo que no setor da distribuição era "mais duvidoso saber onde está o sobreganho ou se há sobreganho. Todos sabemos, quando vamos ao supermercado, que a fatura está efetivamente bastante acima. Mas está por via das margens da distribuição, ou por via das margens de quem vende os produtos à distribuição? Tem de se analisar onde estão os sobreganhos."
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