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O adeus de Cavaco

Em Agosto de 1940, Winston Churchill, falando no Parlamento, dizia que a relação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos era semelhante ao rio Mississippi: "Continua sempre a rolar.

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Irmanada, inexorável, irresistível, benigna." No caminho para o número 10 de Downing Street cantou, no carro, mas fora de tom, "Ole Man River". Tantas décadas depois ninguém esqueceu Churchill: a sua aura é como um rio, continua a rolar. Daqui a décadas como se lembrará Cavaco Silva? Afinal ele, sobretudo como primeiro-ministro, criou um modelo para Portugal. Alimentado pelos fundos europeus e pelo fascínio pela União Europeia, o país, sob a sua batuta, transformou-se radicalmente. Económica, social e culturalmente. Mas talvez não politicamente. Modernizou-se, mas não evoluiu eticamente. Como Presidente da República foi o travão necessário ao delírio de José Sócrates, mas a sua marca foi-se diluindo com o tempo. O seu adeus a Belém marca o fim de uma era e, muito provavelmente, o resto de qualquer influência política no futuro do país que desenhou há muito.

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