O Irão em busca das reformas
A economia e a abertura do Irão ao investimento estrangeiro vão ser determinantes para se entender melhor a evolução de uma das grandes potências do Médio Oriente.
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O Irão é hoje um pouco de tudo no Médio Oriente: uma potência fundamental para resolver conflitos como os da Síria e do Iraque e um mercado enorme que, após os acordos sobre o nuclear, hipnotiza empresas de todo o Ocidente. Se Teerão é hoje um centro de negócios futuros, para onde as empresas portuguesas também olham com alguma cobiça, ninguém duvida de que a evolução política interna do Irão vai dizer-nos muito sobre o grau de abertura económica do país. São vários tabuleiros onde se jogam diferentes partidas de xadrez, nem sempre coincidentes e onde muitas potências da região (Arábia Saudita, Egipto ou Turquia) são observadores atentos. As recentes eleições para o Majlis (o Parlamento) e para a Assembleia de Sábios (que elege e supervisiona a actividade do Supremo Líder, hoje Ali Khamenei) foram vistas como um momento em que as águas se poderiam separar. Na esfera política do Irão movem-se os sectores de sempre (os conservadores duros, os conservadores moderados e os reformistas). Saber jogar com o sector maioritário do Majlis tornou-se uma prova de vida para cada Presidente, mas isso não chega (e muitos se lembram da forma como acabou o "reformista" Khatami em 2005, derrotado pelas forças não eleitas da sociedade iraniana).
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