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Turquia e os riscos do terrorismo

O atentado ao aeroporto de Istambul mostrou os riscos que a Turquia corre no contexto do terrorismo e das zonas de conflito que incendeiam as suas fronteiras. Qual será a estratégia agora de Erdogan?

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O ataque ao aeroporto de Istambul, último acto de uma série de atentados na Turquia, é um claro sinal do alargamento da actividade do Daesh fora das fronteiras onde a sua luta pareceu, em tempos, estar confinada (Síria, Iraque, Líbia). Mais do que um exército regular, o Daesh é uma guerrilha em movimento que actua através de formas radicais de terrorismo. Por isso, a sua presença na Europa (e, por maioria de razão na Turquia) será constante até poder ser erradicado, não apenas em termos físicos, mas ideológicos. A sua guerra não tem limites e os alvos civis, nas grandes metrópoles, são mais fáceis. A Turquia, claro, é um alvo claro. Está na fronteira das grandes zonas controladas pelo Daesh, acolheu cerca de três milhões de refugiados, terá no seu interior muitas "células adormecidas" da organização. Os erros de cálculo do início da guerra civil síria regressam agora como fantasmas incontroláveis. Julgava-se então que o regime de Bashar al-Assad cairia rápida e ruidosamente. A Turquia jogou nisso. Erro crasso. Ao mesmo tempo isso permitiu o crescimento de grupos ligados ao Daesh que encontraram na porosa fronteira turca uma linha de recrutamento humano e de aquisição de material militar que reforçaram o seu potencial. E, na própria Turquia, construíram núcleos de apoiantes que encaminhavam os recrutas da Europa e da Ásia central. O próprio fluxo de dinheiro passa por aí. Algumas cidades turcas tornaram-se também centros de recrutamento.

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