Xeque-mate a Bin Salman?
A CIA acredita que Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, tinha de saber o que aconteceu a Jamal Khashoggi. Algo que vai contra a estratégia de Donald Trump.
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O cerco aperta-se em volta do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e agora só Donald Trump o pode salvar. Até há poucos dias, Salman parecia estar a caminho da imunidade relativa ao assassínio do jornalista Jamal Khashoggi: os comunicados sauditas sobre a sua versão do caso e a declaração de que havia culpados presos não mencionavam o seu nome, como era esperado. Bin Salman é o verdadeiro poder na Arábia Saudita. Mas então surgiu o relatório da CIA, veiculado pelo Washington Post, no qual a agência americana estava convencida de que Bin Salman estava por trás do brutal assassinato. Até agora, Trump e o seu conselheiro John Bolton (que querem Salman no poder, devido à sua luta contra o Irão e aos seus interesses comerciais) tinham blindado o príncipe das suspeitas. O que a CIA diz destrói por completo as diferentes e contraditórias explicações sauditas. As provas turcas juntam-se a escutas de conversas interceptadas pela CIA: uma teria sido entre o seu irmão Khalid (embaixador saudita em Washington), e Khashoggi, em que aquele assegurava a este que estaria em segurança dentro do consulado onde iria buscar documentos para se poder casar. Sabe-se que Khashoggi entrou no consulado e não saiu dali com vida. O seu corpo continua por encontrar.
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