O Ministério da Cultura está obsoleto?
Há muito que o desajustamento entre a ação política do Ministério da Cultura (MC) e a realidade da cultura contemporânea é uma evidência. É talvez normal, a realidade corre mais depressa do que as instituições. Mas, com a entrada em cena e em força da Inteligência Artificial Generativa (IA), esse desajustamento é agora brutal e coloca em risco a sobrevivência da nossa cultura.
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As principais missões do MC são: preservar o património; promover o acesso da generalidade da população à cultura; apoiar a criação contemporânea. Nada disto se consegue fazer hoje sem uma forte componente tecnológica. Na preservação, divulgação, educação ou estímulo, as tecnologias digitais são fundamentais. Elas constituem o principal meio de comunicação, mas também de formação e criação. No entanto, apesar da aposta de sucessivos governos na digitalização, com enormes investimentos na administração pública e avultados incentivos a empresas para se modernizarem tecnologicamente, o meio cultural sempre se alheou destes processos e, frequentemente, tem sido uma força de resistência ao avanço da tecnologia digital.
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