As grandes empresas em negócios e sectores tradicionais, pelas suas características, não têm vindo a conseguir acompanhar o ritmo de inovação actual. Esta dificuldade em inovar prende-se essencialmente com um conjunto de factores:
No rescaldo da Web Summit 2016, que trouxe a Portugal um grande número de empresas e investidores ligados ao sector tecnológico, importa reflectir sobre qual o papel que as FinTechs podem desempenhar nas economias modernas e o impacto que a sua oferta (muitas vezes disruptiva) pode ter nos modelos de negócio tradicionais.
Uma das grandes conclusões que se pode tirar da realização da Web Summit prende-se com o esbatimento progressivo da fronteira entre o mundo real e o virtual, como resultado da utilização crescente de tecnologias digitais em vários sectores.
A transformação digital chegou e rapidamente se está a alastrar à generalidade das indústrias provocando um impacto impossível de ignorar pelos agentes instalados. A dimensão deste impacto tem sido tanto maior quanto menor é a capacidade de adaptação destes agentes.
A função compras está cada vez mais madura, com a agregação e a especialização de competências, a implementação de sistemas de qualificação de fornecedores ou o lançamento de plataformas electrónicas – iniciativas que geraram eficiência operacional e aumento de capacidade negocial.
Os bancos mutualistas e cooperativos desempenham um papel relevante na arquitectura do sistema financeiro europeu, competindo no mercado com entidades públicas e privadas.
O sucesso dos bancos será ditado pela capacidade de adaptação e rapidez de resposta à necessidade de reinventarem o seu modelo de negócio e proposta de valor para os clientes.
As soluções robóticas têm sido desenvolvidas a elevado ritmo, desde que os gigantes da internet as consideraram "drivers" de expansão.
A consolidação do conceito de Indústria 4.0, com a implementação de projectos-piloto um pouco por todo o mundo, reforça o interesse para Portugal de um debate que tanto Estados como empresas já promovem internamente, avaliando os impactos do movimento e definindo a estratégia para melhor o aproveitar.
No decorrer da terceira revolução industrial, a automação, massificação da produção e deslocalização de centros produtivos tiveram um papel-chave na optimização de custos e níveis de eficiência, promovendo a sustentabilidade de modelos orientados para a produção.
Em 2006, Portugal destacou-se pelos passos importantes dados no sentido da simplificação dos principais processos administrativos, com a introdução do programa Simplex, permitindo uma maior eficiência na Administração Pública.