Inteligência artificial e produtividade
Se quisermos coexistir com os algoritmos, precisamos saber lidar com eles e precisamos de abordar muitas das questões éticas que a sua utilização levanta. Precisamos de desenvolver um ecossistema educacional que utilize a IA para ajudar a ampliar as consequências pretendidas, atenuando as não intencionais.
- Partilhar artigo
- ...
Já em dezembro de 2022, Leid Zejnilovic, professor responsável pela cadeira de Governança Algorítmica (Algoritmic Governance) do mestrado em gestão da Nova SBE, pedia aos seus alunos para se familiarizarem com o ChatGPT, uma aplicação de inteligência artificial (IA) que funciona como um chat com quem qualquer pessoa pode interagir. O exercício consistia em solicitar ao chat uma resposta sobre um tópico de governança e, em seguida, com um “prompt” ligeiramente alterada, fazer com que o ChatGPT fornecesse uma resposta errada. Esta cadeira visa preparar os alunos a pensar no significado e propósito dos algoritmos, sua governança, e as consequências intencionais e não intencionais de ter humanos e algorítmicos a interagir e trabalhar em conjunto. A ideia do exercício era ilustrar como os decisores (nós, humanos), precisamos de ser críticos sobre os resultados gerados pela IA, independentemente de quão impressionantes possam parecer. Esta tecnologia é muito sedutora e pode revolucionar as nossas vidas e contribuir para a nossa produtividade mas, por outro lado, o ChatGPT é frequentemente mentiroso sendo indiscutível que um “algoritmo maléfico” (mesmo que não intencional), se usado por milhões de utilizadores pode ter consequências muito nefastas. A ideia é incentivar o uso da tecnologia mas realçar a importância de estar alerta e manter um pensamento crítico na análise dos resultados das interações com ChatGPT, avaliando a sua validade e implicações.
Mais lidas