A coisa mais difícil de controlar são as emoções. Quantas vezes vemos uma ação a disparar e, excitados com a ideia de que agora não pára, nos metemos nela no preciso momento em que todo aquele entusiasmo se esfuma e ela começa a cair a pique? Tenho um amigo que diz que quando compra, a ação desce e quando vende, sobe sempre a seguir. Como se o mercado fosse uma caixa de ressonância invertida das ordens de bolsa deste meu compincha. Não me parece que os milhões de pequenas inteligências individuais que o compõem estejam inconscientemente concertadas para desfavorecer este ou aquele investidor. A explicação mais óbvia para este fenómeno de que sempre nos mexemos no pior momento possível reside no facto, de que a nossa mente emocional prevalece sobre a racionalidade e disciplina que devem presidir a qualquer decisão de investimento.