O dinheiro continua a ser o rei
O dinheiro continua a ser o rei no momento de pagar.
Apesar da crescente utilização do dinheiro de plástico (cartões de crédito e débito), "cash" ainda é a forma de pagamento mais utilizada no planeta. Na realidade, é movimentado diariamente por mais de 5.000 milhões de pessoas em todo o mundo.
Na Europa, cerca de 79% dos pagamentos efectuados (307.000 milhões de transacções) realizam-se em numerário, e estes continuam a crescer. Só durante o ano de 2010, a produção de notas aumentou para 7.148 milhões de unidades.
Segundo um estudo realizado em 28 países, conduzido pela RBR (Retail Banking Research, http: //www.rbrlondon.com/), o dinheiro continua de facto a ser a escolha preferida dos utilizadores. O referido estudo indica que, do total de 390.000 milhões de euros em pagamentos no sector de retalho durante 2007, houve cerca de 307.000 milhões de transacções de numerário (equivalente a 79% dos pagamentos do sector de retalho).
Destes, cerca de 192 milhões de pagamentos em numerário tiveram lugar na Europa Ocidental, e cerca de 114 milhões na zona central e do leste, o que representa entre 72% e 94% de todos os pagamentos feitos respectivamente no sector de retalho, em cada uma destas regiões. Estes indicadores demonstram que as transacções em dinheiro são ainda a principal forma de pagamento na Zona Euro.
Segurança e qualidade, dois desafios permanentes
São temas que representam um desafio importante para as autoridades monetárias, que deverão criar as bases para garantir a segurança e a qualidade das notas e moedas em circulação em todo o planeta. Nestas bases, inclui-se a adopção de um numerário tecnologicamente avançado e em constante evolução, em conformidade com normativas, como o Quadro de Recirculação do Banco Central Europeu, cujo objectivo prioritário é assegurar que a circulação do dinheiro nos países da Zona Euro, se realize com base em padrões mínimos de qualidade e segurança.
Sempre que se utilizem notas, as questões de segurança devem ser abordadas de uma forma estrita. Desde a sua impressão à circulação pelos utilizadores finais, o dinheiro está protegido por uma sofisticada tecnologia e série de processos, concebidos para assegurar que cada nota mantenha a sua condição, valor e singularidade como instrumento de pagamento.
A multiplicidade de elementos de segurança que cada nota incorpora é uma característica essencial que permite aos utilizadores ter total confiança no dinheiro como sistema de pagamento. Estes elementos são características visíveis, palpáveis ou ocultas, para cuja detecção é necessário um equipamento adicional ou outros sistemas disponíveis apenas para os Bancos Centrais. Nesse caso, a segurança é garantida através de complexos e sofisticados processos que estão na nota ou, literalmente, dentro da nota, traduzindo-se numa percentagem muito pequena de unidades falsificadas, quando comparadas com os milhões de notas em circulação.
Os Bancos Centrais dos diversos países continuam a desenvolver esforços nesse sentido. De facto, em 2011 e 2012, respectivamente, tanto a Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), como o Banco Central Europeu (BCE) têm planos para a introdução de novas notas de dólar e euro, dotados com alguns elementos de segurança muito rigorosos, destinados a combater a reprodução ilícita de notas.
Eficiência, um desafio cada vez mais importante
Paralelamente, as entidades financeiras desempenham um papel decisivo na cadeia de valor do dinheiro, proporcionando confiança e permitindo que este chegue facilmente ao público em geral e com a qualidade necessária. Ao mesmo tempo, têm que enfrentar desafios significativos, tanto a nível de segurança como de eficiência. Na área da segurança é fundamental que o dinheiro movimentado seja sempre autêntico e que funcione como filtro para impedir a possível distribuição de notas falsas, de forma a evitar perdas económicas para as entidades e aumentar a confiança dos utilizadores de numerário. Adicionalmente, é essencial dispor de medidas de segurança completas, que visam dificultar possíveis roubos e minimizar a eventual subtracção de dinheiro.
E por último, mas não menos importante, as questões relacionadas com a eficiência, ou seja, como fazer tudo com o menor custo possível, sem perder o foco nos aspectos comerciais inerentes às agências bancárias. Este desafio só pode ser conquistado através da automatização dos processos, e é aí que as empresas do sector podem colaborar com as entidades financeiras, para impulsionar os princípios fundamentais de segurança, integridade e confiança.
Este é também um desafio para a nossa empresa, que nos leva a realizar um trabalho constante de investigação e desenvolvimento, tanto em sistemas de detecção de vanguarda para evitar a falsificação, como no reforço da segurança dos equipamentos e novas aplicações práticas, que facilitem a eficiência da gestão de numerário. O nosso compromisso neste domínio é absoluto, pois só fomentando a inovação se pode melhorar o desempenho na gestão de numerário.
Mais informações: http://www.ecb.int/euro/html/counterfeiting.es.html http://www.newmoney.gov/newmoney/default.aspx Director Geral da Talaris (empresa líder mundial de produção, comercialização e manutenção de ATM's) em Portugal e Espanha
http://www.ecb.int/euro/html/counterfeiting.es.html
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