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Uma maldição pior do que o dinheiro

A ideia de que as criptomoedas são apenas uma inocente reserva de valor é espantosamente ingénua. É certo que os seus custos de transação podem ser suficientemente significativos para travar o comércio a retalho mais comum, mas, quem pretenda evitar exigentes controlos de capital (na China ou Argentina, por exemplo), branquear ganhos ilícitos (talvez do tráfico de droga) ou fugir às sanções financeiras dos EUA (sobre países, empresas, pessoas, ou grupos terroristas), as criptomoedas ainda se afiguram como uma opção ideal.

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O ransomware – um tipo de software malicioso que restringe o acesso a um sistema informático até que seja pago um resgate – não é uma boa apresentação para as criptomoedas. Os defensores destas moedas digitais prefeririam, em vez disso, chamar a atenção para célebres investidores nas cripto – como o fundador da Tesla, Elon Musk; o dono da equipa Dallas Mavericks, Mark Cuban; a estrela do NFL (National Football League - Liga Profissional de Futebol Americano) Tom Brady; ou a atriz Maisie Williams (que interpreta o papel de Arya em Game of Thrones [Guerra dos Tronos]). Mas os recentes ataques de ransomware e o papel central das criptomoedas como meio de pagamento são um desastre de relações públicas.

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