Antes da paralisação da administração pública dos Estados Unidos ganhar protagonismo na política americana, todas as atenções estavam centradas na provável escolha, por parte do presidente Barack Obama, para a presidência da Reserva Federal. Na verdade, a nomeação da vice-presidente Janet L. Yellen para suceder a Ben Bernanke sublinha um elemento importante: aquilo que costumava ser uma nomeação técnica, que interessava apenas aos economistas mais estudiosos, tornou-se numa grande causa de tensão política, não dividindo apenas os Republicanos e os Democratas (não é preciso muito para que tal aconteça) mas também causando fracturas no Partido Democrata.
A superação da actual crise económica da União Europeia, como quase toda a gente reconhece, exige uma maior integração, com o primeiro passo a assumir a forma de uma união bancária supervisionada pelo Banco Central Europeu. Mas a união bancária da Europa também requer regras uniformes para liquidar instituições financeiras insolventes – e é aqui que está o ponto da discórdia.
Os vencedores não são os republicanos ou os democratas, ou mesmo as empresas que os financiam. A vencedora é uma forma corrupta de capitalismo que está a minar a economia norte-americana, tornando-a menos produtiva e minando o sentido de justiça dos cidadãos.
Do ponto de vista da estabilidade europeia, as eleições italianas não podiam ter um resultado pior. O parlamento italiano está dividido entre três forças políticas mutuamente incompatíveis, não sendo nenhuma forte o suficiente para governar sozinha.
Se a mais pequena dúvida sobre a eficácia do programa de compra de dívida surgir, o jogo de expectativas vai alterar-se e as obrigações do Tesouro de Espanha e Itália vão rapidamente ser atacadas.
Para os países do Sul da Europa, aderir ao euro foi – explícita ou implicitamente – uma forma de obrigarem os seus cidadãos a aceitar um grau de disciplina orçamental que seriam incapazes de adoptar sozinhos.
Desde a decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, "Citizens United", que proibiu o governo de restringir os gastos políticos independentes das corporações e sindicatos, as preocupações com a influência dos interesses empresariais sobre as eleições nos Estados Unidos têm vindo a crescer.
Uma tragédia grega é tipicamente composta por três actos. O primeiro acto conta a história. Mas apenas no segundo acto é que a história atinge o seu clímax. Nos dias de hoje, na Grécia, a imposição dos credores privados assumirem perdas "voluntárias" representa apenas o fim do primeiro acto. A verdadeira tragédia ainda não começou.
Os governadores dos bancos centrais não deviam apenas estar acima de qualquer suspeição de infracção da lei, mas também aparentar estar acima. Por isso, a decisão de Philipp Hildebrand, Governador do Banco da Suíça, tomada em Janeiro, de se demitir na sequência de alegações que relacionavam a sua mulher com operações cambiais duvidosas, é bem-vinda.
Imagine que é um membro eleito da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, durante o debate sobre a reforma do sistema de saúde, que foi aprovado em 2010.
Ao tentar entender o padrão e o momento das intervenções governamentais durante a crise financeira