Gostaria que o presidente norte-americano, Joe Biden, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tivessem ido a Pequim para encorajarem os atletas dos seus países, bem como para conversarem informalmente uns com os outros, bem como com Xi. Se o tivessem feito, estaríamos hoje mais longe de uma potencial guerra na Ucrânia.
Como ferramenta de pressão estatal, as sanções económicas ficam aquém de uma guerra, mas ficam mais perto de o ser do que da diplomacia. Ainda assim, as justificações legais, políticas ou morais para tais medidas são raramente desafiadas.
A razão pela qual a QE praticamente não surtiu efeito sobre o nível geral dos preços pode prender-se com o facto de grande parte do novo dinheiro estar a alimentar a especulação sobre os ativos, criando assim bolhas financeiras, ao passo que os preços e a produção, como um todo, permaneceram estáveis.
Envolver os bancos centrais na alocação de dinheiro a empresas ou setores económicos em função do seu compromisso para com o ambiente – comprando dívida de empresas de energia hidroelétrica, mas não de petrolíferas, por exemplo – obriga-os a tomarem decisões políticas que deviam ser da incumbência do governo através do sistema tributário.
Os decisores políticos que tentam estimular a economia devem estar mais atentos do que os keynesianos do passado para evitarem a inflação e garantirem que a criação de empregos a nível nacional não é compensada por uma fuga de capacidade produtiva para o exterior.
A linguagem oficial da política macroeconómica continua a ser a política monetária. Qualquer correlação com a política orçamental é, obviamente, pura coincidência.
Hoje, a reforma económica confunde-se muito mais com a recuperação do que quando Keynes fazia a distinção entre as duas. Mas a sua forma de estabelecer o relacionamento é um ponto de partida claro para fazer ambas melhor.
Ainda que o trabalho seja a única forma de escapar da pobreza, o tipo fútil exigido pelo contrato de benefícios do Reino Unido coloca muitos dos membros mais fracos da sociedade num caminho para lugar nenhum.
A pandemia apresenta uma oportunidade para uma discussão pública aberta dessas questões. Espera-se que este debate substitua o sistema de acordos entre pessoas com informação privilegiada e entendimentos subterrâneos que moldaram a nossa sorte económica - ou infortúnio - por muito tempo.
O principal requisito das democracias de hoje é conceber uma combinação bem-sucedida de localismo e o controlo centralizado necessário para o crescimento económico sustentado e igualdade tolerável de condições. Talvez haja uma forma de a Europa o fazer. O que o Brexit mostra é que ainda não sabemos qual é.
Talvez a melhor abordagem seja simplesmente aplicar às plataformas de redes sociais o princípio da ordem pública de que é uma ofensa incitar o ódio racial.