Governador a qualquer custo
Salvo algum fator muito extraordinário, Mário Centeno vai mesmo ser o substituto de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal, consumando-se o plano há muito traçado pelo próprio, cozinhado e apurado ao mais alto nível do poder. Até lá, a nomeação será campo de batalha político.
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O Bloco de Esquerda reforçou ontem as possibilidades do antigo ministro das Finanças. O que o pode afastar do cargo de governador são as propostas de lei do PAN e PEV, aprovadas na generalidade com os votos da direita, que impedem a nomeação de alguém que tenha exercido funções governativas há menos de cinco anos. A dúvida é se chega a tempo de travar Centeno. Mariana Mortágua veio ontem dizer que o movimento não colaborará para que o processo legislativo seja "empatado, nem apressado". O que sinaliza a disponibilidade para, como pretende o primeiro-ministro e o PS, ouvir várias entidades – incluindo o Banco Central Europeu, segundo o Expresso – antes de haver uma votação na especialidade.
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