Bruno Zhu: A linguagem pode ser uma prisão
Bruno Zhu cresceu em Viseu, numa família de imigrantes chineses. Estudou no Porto, em Londres e em Amesterdão. A sua língua materna, o português, não lhe foi ensinada pela mãe. A língua da mãe é-lhe quase estrangeira. Tem uma exposição na Kunsthalle Lissabon até ao dia 5 de Maio.
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A forma de um mosquito, elegante e belo, mas também assustador, parece vigiar a exposição. É uma imagem maternal, mas também devoradora. Como todas as ideias de identidade. Bruno Zhu cresceu em Viseu, numa família de imigrantes chineses. Estudou no Porto, em Londres e em Amesterdão. A sua língua materna, o português, não lhe foi ensinada pela mãe. A língua da mãe é-lhe quase estrangeira. Mas Zhu encontrou no seu trabalho artístico uma forma de comunicar. É um trabalho que olha para o passado e para o futuro. Que acusa e que perdoa. Descreveu a exposição que está na Kunsthalle Lissabon, em Lisboa, até 5 de Maio, como uma exposição relutante. Depois de um percurso fora, não sabia como regressar a uma casa que não sabe se é sua. No espaço da exposição, há objectos que remetem para o interior das casas e dos corpos como casas, mas também para um desejo de partida.
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