Uma casa do futuro
O Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET) foi fundado em 1989 por nomes como Manuel Carrondo, Joaquim Manuel Sampaio Cabral e António Augusto Vasconcelos Xavier. A ideia era “peregrina”: aliar a investigação à indústria nacional, criando riqueza a partir da ciência. Hoje, trinta anos depois e passados alguns percalços, o instituto movimenta receitas anuais superiores a 12 milhões de euros. Manuel Carrondo e Paula Alves, atual CEO do iBET, abrem as portas desta casa de “problem solvers”.
- Partilhar artigo
- ...
No dia em que o maratonista Carlos Lopes ganhava a medalha olímpica em Los Angeles, no verão de 1984, os engenheiros Manuel Carrondo e Joaquim Manuel Sampaio Cabral percorriam os "corredores" da biologia molecular e das novas terapias do MIT, no estado de Massachusetts. "Estavam de tal forma entusiasmados com o trabalho, que ‘perderam’ a prova do maratonista", conta Paula Alves, CEO do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), criado há 30 anos pelos professores portugueses após aquela licença sabática no "campus" de tecnologia. Juntou-se-lhes António Augusto Vasconcelos Xavier, vindo de Cambridge. Os três "doers" inspiraram-se nas experiências fora do país e idealizaram uma casa de investigação aplicada, em Oeiras. Uma casa de "problem solvers" que alia ciência à indústria. Organização privada sem fins lucrativos, o iBET dedica-se à investigação nas áreas da biotecnologia e ciências da vida. Dali saem vacinas, biofármacos e novas terapêuticas, a caminho da chamada "precision medicine", a medicina de precisão ou medicina personalizada.
Mais lidas