Eleições britânicas terminaram com dois vencedores, dois derrotados e três demissões

Os conservadores de David Cameron e os nacionalistas escoceses foram os grandes vencedores das eleições britânicas, com os trabalhistas e os liberais democratas a serem os grandes derrotados. Já os eurocépticos do UKIP conseguiram uma meia vitória. A maioria absoluta dos "tories" levou Ed Miliband, Nick Clegg e Nigel Farage a baterem com a porta.
david cameron Reino Unido
Bloomberg
André Cabrita-Mendes 08 de Maio de 2015 às 18:08

A expressão "hung parliament" foi muito pronunciada nos últimos dias, mas foi rapidamente riscada poucas horas após o fecho das urnas no Reino Unido.

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As sondagens apontaram durante meses para uma Casa dos Comuns dividida ao meio com os trabalhistas, mas a sondagem à boca das urnas divulgada na noite de quinta-feira revelou uma vantagem confortável para os conservadores.

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Pela madrugada fora, os dados começaram a revelar uma discrepância com as sondagens. Por fim, veio a confirmação pela manhã: a primeira maioria absoluta dos "tories" desde 1992.

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Dos 650 círculos eleitorais em jogo, o Partido Conservador obteve 331 lugares, mais 24 do que em 2010. Com a maioria absoluta no bolso, David Cameron faz as suas primeiras declarações como novo primeiro-ministro.

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"Acredito sinceramente que estamos à beira de algo especial no nosso país", afirma, confiante, no número 10 de Downing Street, após ter sido recebido pela rainha Isabel II.

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No discurso, garantiu que vai avançar com o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, prometeu dar mais poderes à Escócia e criar mais postos de trabalho.

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Além da vitória, Cameron assegurou a maioria absoluta. Mas há mais. No espaço de uma hora assistiu à demissão dos seus três principais rivais: Ed Miliband (Partido Trabalhista), Nick Clegg (Liberais Democratas) e Nigel Farage (UKIP).

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Os trabalhistas obtiveram 232 lugares, menos 26 face a 2010. A Escócia foi a região onde os trabalhistas sofreram a maior derrota, ao perderem 40 dos 41 lugares conquistados em 2010.

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A terceira maior força política passou agora a ser o Scottish National Party. Os nacionalistas escoceses obtiveram um total de 56 lugares dos 59 em disputa na Escócia, mais 50 face às eleições anteriores. Uma vitória em toda à linha, obtida à custa dos votos do Labour.

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Além dos trabalhistas, outro dos grandes derrotados da noite foi o Partido Liberal Democrata. Deixaram de ser a terceira maior força na Casa dos Comuns para passarem a ser a quarta. Perderam 49 lugares nesta eleição, ficando com um total de oito.

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Destaque também para a meia vitória obtida pelos eurocépticos do UKIP. Por um lado, conseguiram eleger um deputado para o parlamento. Por outro, o seu líder, Nigel Farage, falhou a eleição e acabou por demitir-se. No entanto, prometeu tirar as férias do verão para pensar e ainda pode voltar para concorrer às eleições internas em Setembro.

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Na Irlanda do Norte, o Democratic Unionist Party manteve os seus oito deputados. Já o Ulster Unionist Party conquistou dois deputados, enquanto o Sinn Fein perdeu um deputado para ficar com um total de quatro. Mas, tradicionalmente, os nacionalistas irlandeses prescindem de ocupar o seu lugar na Casa dos Comuns.

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