FMI pede descida de oito pontos percentuais na TSU (act)

O Fundo Monetário Internacional reafirmou hoje que a descida da TSU deve ser "subtancial", de forma a ter um impacto real na competitividade do país. A recomendação é de um corte de 2% do PIB nas contribuições sociais pagas pelo empregador, o que reprensenta uma descida de oito pontos percentuais na TSU.
Pedro Romano 13 de Setembro de 2011 às 21:00

Uma descida de 2% do PIB é equivalente a cortar a taxa social única suportada pelo empregador(actualmente em 23,75%) em oito pontos percentuais, o que equivale a uma perda de receita estimada em 3,4 mil milhões de euros.

A medida faz parte do Memorando de Entendimento assinado em Maio, mas o Governo tem-se mostrado pouco receptivo a implementá-la, dada a incerteza que geraria do lado da receita, o que poderia, no limite, pôr em causa os objectivos orçamentais.

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O FMI assumiu que a medida é "difícil" e até concordou que o Governo tem razões para se mostrar cauteloso, já que uma desvalorização fiscal desta magnitude nunca foi tentada na Zona Euro. Porém, reafirmou que a medida tem mesmo de ir para a frente.

"A desvalorização faz parte da nossa recomendação. É uma medida muito importante, que está incluída no programa. Mas vamos ouvir o que as autoridades têm a dizer, quando voltarmos a Lisboa para preparar o Orçamento de 2012", disse Poul Thomsen.

(actualiza com cálculo do impacto da redução na taxa da TSU)

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