Passos: "Não há margem para redução alargada da TSU"
Durante o debate quinzenal desta tarde na Assembleia da República, Passos informou os deputados que o Executivo está a explorar duas possibilidades com a troika e com os parceiros sociais.
A primeira seria uma “medida selectiva” de “redução significativa” da taxa que deveria respeitar inclusive o princípio da criação líquida de emprego. Uma solução de que disse “ainda não ter desistido”, desde que cumpra “os requisitos europeus em que nos encaixamos”.
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“Se for uma redução geral across-the-board, em toda a extensão económica, essa margem não existe para poder ser adoptada de um só fôlego”, complementou, referindo-se à outra hipótese em estudo que implicaria uma redução “em dois momentos diferentes”. Nesse caso, “pode ser dado um sinal [da redução] em 2012” e depois uma nova redução ao longo da legislatura, que termina em 2015, detalhou.
Ontem o FMI revelou ser contra esta redução da TSU apenas em algumas empresas com uma óptica de criação de emprego, de acordo com o relatório da primeira avaliação do programa da troika.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz ser “contra” tal caminho uma vez que desta forma “o foco está no emprego em vez da competitividade”, além de “não ser óbvio que a promoção de emprego” leve a um “aumento da eficiência, de acordo com o relatório da primeira avaliação da execução do programa de ajuda de Portugal.
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Mas não é apenas por esta razão. O FMI alerta que “o plano seria muito difícil de implementar dado o desenho complicado e as potenciais brechas.”
Além destas razões, esta abordagem “pode mitigar o impacto positivo” de um corte da TSU.
O FMI recomenda assim que se implemente uma redução da TSU de forma “simples e alargada”, com o objectivo de produzir “efeitos significativos no crescimento e exportações”.
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