Portugal foi o terceiro do euro que mais cortou na dívida em 2022
Apesar de ter conhecido no último ano um dos cortes mais profundos no peso da dívida pública no PIB, Portugal manteve-se no final de 2022 ainda no pódio das dívidas mais elevadas da Zona Euro, no mesmo terceiro lugar de 2021, confirma nesta sexta-feira o Eurostat.
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No reporte final dos procedimentos dos défices excessivos da União Europeia, os 113,9% do PIB de rácio de dívida pública nacional mantêm o país ainda à frente de Espanha – no quarto lugar, com 113,2% do PIB – e atrás de Grécia (171,3%) e Itália (144,4%).
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A seguir a Espanha, França e Bélgica surgem com rácios de endividamento de 111,6% e 105,1% do PIB, respetivamente.
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O objetivo do Ministério das Finanças de Fernando Medina é o de colocar neste ano a dívida pública nacional entre este grupo de três países, com os dados finais de 2022 a permitirem tecnicamente ficar atrás de Espanha e França, mas não da Bélgica. O Programa de Estabilidade nacional antecipa uma redução do rácio da dívida para 107,5% do PIB no final de 2023.
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Apesar de não mudar o lugar no ranking das dívidas públicas mais elevadas da Zona Euro, Portugal realizou no último ano o terceiro maior corte no rácio de endividamento, apenas atrás de Grécia e Chipre, mostram os dados do Eurostat.
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Num ano marcado pelo efeito surpresa da inflação no acréscimo de receitas fiscais e da maior subida do PIB desde o final da década de 1980 (crescimento real de 6,7%), com crescimentos inferiores no ritmo da despesa, o corte nacional da dívida alcançou os 11,5 pontos percentuais.
A Grécia, com o maior esforço de redução de dívida, obteve um corte de 23,3 pontos percentuais. O Chipre, com o segundo corte mais profundo, atingiu uma redução de 14,7 pontos percentuais.
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A seguir a Portugal, na Zona Euro tiveram as maiores descidas no nível de endividamento a Irlanda (10,7 pontos percentuais), Croácia (10 pontos), a Itália (5,5 pontos), Lituânia (5,3 pontos) e Espanha (5 pontos).
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Apenas quatro países do grupo da moeda única – República Checa, Estónia, Finlândia e Luxemburgo, onde apenas a Finlândia mantém uma dívida superior a 60% do PIB – aumentaram no último ano os níveis de endividamento.
O nível médio de dívida pública da Zona Euro - incluindo a Croácia, que entrou apenas neste ano - ficou em 91,5% do PIB, caindo em quatro pontos percentuais.
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Já no conjunto da União Europeia, o rácio ficou em 84% do PIB, igualmente com uma redução de quatro pontos percentuais.
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