Governo diz que "não terá receio" de prever recessão maior

João Leão, ministro das Finanças, lembrou que França, Espanha e Itália, que estão entre os principais parceiros de Portugal, deverão atingir quedas do PIB acima de 10%.
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Margarida Peixoto 15 de Julho de 2020 às 10:27

"Não teremos nenhum receio, se for caso disso, de alterar as nossas previsões no momento oportuno", disse esta quarta-feira o ministro das Finanças, João Leão, em audição regimental, na Assembleia da República.

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O governante respondia ao deputado do PSD, Afonso Oliveira, que queria saber se a previsão de recessão do Governo são os "quase 7%" que constam do Orçamento suplementar, ou os 12% que são referidos no relatório de António Costa e Silva, um plano de recuperação feito a pedido do Executivo.

João Leão argumentou que o documento apenas refere todas as previsões de recessão que estão em cima da mesa , "como um bom documento deve fazer", mas mostrou-se disponível para rever as projeções do Executivo "em momento oportuno".

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Já na sua intervenção inicial o ministro das Finanças tinha referido as várias projeções de diferentes instituições para a economia portuguesa, sublinhando que países como Espanha, França e Itália têm previsões de queda do PIB acima dos 10%, por parte da Comissão Europeia. Depois, frisou que este países são parceiros comerciais preferenciais de Portugal, sugerindo assim um impacto significativo destas quedas na economia portuguesa.

A recessão é de "âmbito mundial, repentina e com intensidade sem precedentes", frisou o ministro das Finanças.

No debate de Orçamento do Estado suplementar, o PSD acusou o Governo de otimismo excessivo, por antever uma recessão para este ano de 6,9%, o valor mais baixo de todas as projeções apresentadas. A Comissão Europeia, que reviu as suas previsões há uma semana, antecipa uma recessão de 9,8%.

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