Governo satisfeito por Bruxelas reconhecer "sucesso da estratégia económica"

Em reacção às Previsões de Inverno em que a Comissão Europeia reviu em alta as previsões de crescimento económico de Portugal, o Ministério das Finanças considera que se trata do reconhecimento do "sucesso da estratégia económica do Governo".
mario centeno ministro finanças
Miguel Baltazar
David Santiago 13 de Fevereiro de 2017 às 13:12

"A Comissão Europeia (CE), nas Previsões de Inverno sobre a economia portuguesa, reconhece o sucesso da estratégia económica do Governo", lê-se no comunicado divulgado ao início da tarde desta segunda-feira, 13 de Fevereiro, pelo Ministério das Finanças.

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Na reacção do Governo à revisão em alta das perspectivas para a economia portuguesa feita pela Comissão, as Finanças salientam a "melhoria generalizada dos indicadores em 2016 e a 2017". Apesar do Executivo ter apostado no aumento do consumo privado, este indicador teve uma variação de 2,1% em 2016, o que configura uma desaceleração face ao crescimento de 2,6% conseguido no ano anterior. A Comissão orevê que o consumno privado continue a desacelerar em 2017 (+1,6%) e 2018 (+1,2%).

Na apresentação das previsões da Comissão feita esta manhã, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, já salientara as "melhorias muito grandes" do desempenho de Portugal, especificando o contributo das exportações para uma segunda metade de ano "forte", designadamente apoiado pelo sector do turismo. 

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Na nota emitida pelo Ministério tutelado por Mário Centeno é ainda destacado que "Portugal cumpre as metas a que se comprometeu", a que acresce o facto de as previsões da Comissão Europeia se terem aproximado das "projecções do Governo". O que no entender do Governo confirmado o "realismo" das projecções feitas por Centeno. 

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Notando que a CE reviu em alta a previsão de ajustamento do saldo estrutural, estimando agora um pequeno agravamento do indicador utilizado para medir a real consolidação orçamental, o Governo afiança que com "o apuramento final das contas públicas de 2016 tornar-se-á ainda mais evidente a melhoria do saldo estrutural".

 

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Ainda de acordo com a reacção do Executivo português às mais recentes previsões de Bruxelas, o Governo realça também que "a Comissão confirma a sustentabilidade do padrão de crescimento da economia" e "reconhece os sólidos sinais de aceleração do investimento privado no final de 2016 e início de 2017".

 

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Reiterando o compromisso com "o apoio ao investimento e a estabilização do sector financeiro", o Executivo chefiado por António Costa compromete-se ainda em assegurar que com um défice orçamental "claramente abaixo dos 3%" será possível ao rácio da dívida pública entrar "numa trajectória descendente".

 

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Nas Previsões de Inverno divulgadas esta segunda-feira, a Comissão projecta agora que a economia portuguesa cresça 1,6% em 2017, acima tanto dos 1,2% antes estimados como da expansão de 1,5% prevista pelo Governo.

 

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A instituição liderada por Jean-Claude Juncker também reviu em alta as projecções para o ano passado, prevendo agora um crescimento do PIB de 1,3%, superior aos 0,9% anteriormente previstos por Bruxelas e aos 1,2% definidos como meta por Lisboa.

 

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A Comissão Europeia também reviu em baixa a estimativa para o défice de 2016, antecipando que o mesmo se tenha fixado nos 2,3% do PIB, um valor abaixo da meta definida para a retirada do país, embora considere que este registo se fique a dever ao perdão fiscal promovido pelo Governo. Bruxelas melhorou também as projecções para o défice neste ano e no próximo, perspectivando défices de 2% e de 2,2%, respectivamente.

Recorde-se que Mário Centeno estabeleceu como objectivo assegurar um défice orçamental de 1,6% do PIB em 2017. A previsão da CE para o défice de 2017 aproxima-se da estimativa da OCDE que não acredita que o mesmo fique abaixo de 2,1% neste ano. 

Recorde-se que Mário Centeno estabeleceu como objectivo assegurar um défice orçamental de 1,6% do PIB em 2017. A previsão da CE para o défice de 2017 aproxima-se da estimativa da OCDE que não acredita que o mesmo fique abaixo de 2,1% neste ano. 

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(Notícia actualizada às 13:50)

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