Inflação arrefece em Dezembro com aumento de 0,4%
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Em Dezembro, a desaceleração da inflação deveu-se a uma quebra mais substancial dos preços do vestuário e calçado (de -1,7% em Novembro para -2,3% em Dezembro), assim como um crescimento mais lento no "lazer, recreação e cultura" (0,8% vs. 0,2%). Por outro lado, as comunicações aceleraram ligeiramente de 4,7% para 4,9%.
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Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no que diz respeito aos produtos energéticos, que têm sido dos principais responsáveis pela volatilidade da inflação, os preços até caíram menos (-3,4% vs. -1,7%). A inflação subjacente – que exclui os combustíveis e os produtos alimentares – passou em Dezembro de uma variação homóloga de 1% para 0,5%.
Preços voltam a subir em 2015
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Estas são as conclusões que se retiram de Dezembro. Quando se olha para a totalidade de 2015, a variação média da inflação em Portugal foi 0,5%, depois de em 2014 se ter observado uma quebra de 0,3%. A inflação subjacente ("core" na expressão inglesa) tinha sido de 0,1% em 2014 e acelerou no ano passado para os 0,7%.
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"Para além da evolução da inflação subjacente, o aumento da taxa de variação do IPC entre 2014 e 2015 foi sobretudo determinada pela evolução dos preços dos produtos alimentares não transformados", pode ler-se na publicação do INE, divulgada esta manhã, 13 de Janeiro. "A variação média anual deste agregado passou de -2,1% em 2014 para 1,9% em 2015. Em sentido oposto, os produtos energéticos contribuíram negativamente para a variação média do IPC em 2015, registando uma taxa de variação de -3,6% em 2015, mais intensa que a observada em 2014 (-1,4%)."
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Ainda em 2015, o preço dos serviços cresceram mais rápido do que o preço dos bens. Enquanto os primeiros avançaram 1,3%, os segundos contraíram 0,1%. Entre os sectores que mais contribuíram para o aumento dos preços estão os "produtos alimentares e bebidas não alcoólicas", "bebidas alcoólicas e tabaco" e "comunicações". Por outro lado, "vestuário e calçado" e "transportes" deram as contribuições mais negativas.
Os preços voltarem a subir pode parecer-lhe uma má notícia enquanto consumidor individual, mas a estagnação ou variação negativa da inflação são piores augúrios para uma economia. Depois de um período de preços no vermelho, 2015 trouxe uma recuperação que, no entanto, foi prejudicada por uma forte queda do preço do petróleo nos mercados internacionais. Recorde-se que a meta do Banco Central Europeu (BCE) para a zona euro é colocar a inflação abaixo mas próxima dos 2%.
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