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Ataque do PS ao "Sol" tem "resquícios de salazarista" e "colonizador" (act)

Felícia Cabrita, jornalista do "Sol" responsável pelas notícias relacionadas com o caso "Face Oculta", questionou o deputado do PS se era "racista" e acusou este partido de estar a fazer um ataque ao jornal onde trabalha, considerando que este tem "resquícios de salazarista" e "colonizador". Na comissão de ética, questionou também a decisão do Procurador Geral da República de não abrir um inquérito com as escutas ao primeiro-ministro.

19 de Fevereiro de 2010 às 10:57

(actualiza com mais declarações)

Felícia Cabrita, jornalista do “Sol” responsável pelas notícias relacionadas com o caso “Face Oculta”, questionou o deputado do PS se era “racista” e acusou este partido de estar a fazer um ataque ao jornal onde trabalha, considerando que este tem “resquícios de salazarista” e “colonizador”. Na comissão de ética, questionou também a decisão do Procurador Geral da República de não abrir um inquérito com as escutas ao primeiro-ministro.

“Não sei qual é o vosso interesse nos accionistas [do SOL]. Não sei se são racistas”, disse em resposta a uma pergunta do deputado do Partido Socialista. Uma declaração que agitou a audição desta manhã na Comissão de Ética, levando mesmo à intervenção d presidente da comissão, o social-democrata Marques Guedes, que considerou os termos “insultuosos”.

Respondendo primeiro às questões do PSD, a jornalista começou por afirmar que “já existe uma espécie de contra-ataque contra o ‘Sol’”, da parte de dirigentes do PS, citando declarações proferidas ontem por Arons de Carvalho e pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.

“É curioso como já existe um contra-ataque contra o Sol. Basta lembrar o discurso do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, quando disse que o Sol é um jornal sem credibilidade", afirmou, acrescentando que "já questionam quem são os accionistas do Sol para tentar descredibilizar o Sol”. Os accionistas “são empresários angolanos que nos libertaram da intenção que havia de liquidar o jornal.

“Percebo o tipo de ataque que estão a fazer ao jornal, que se pauta pela liberdade e isenção”, disse a jornalista, considerando que este ataque tem um “resquício salazarista, mas também colonizador”.

“Não somos nos que enviamos o primeiro-ministro para os casos como da Cova da Beira, do Freeport e da licenciatura…”, disse Felícia Cabrita, fazendo questão se assinalar que “não é pressionável”.

“Se nós não tivéssemos convictos que havia de facto uma tentativa de controlo da comunicação social”, o SOL não tinha publicado as notícias sobre o assunto, que mostram que “toda a investigação aponta para que quem está por detrás [do plano para controlar a comunicação social] é o primeiro-ministro”.

“Houve de facto uma tentativa, utilizando como se sabe empresas publicas e manipulação de bancos, para obter dinheiro”, considerou, assinalando que “podemos constatar isso [plano do Governo] através do que aconteceu na TVI”

Questionou também o facto de Pinto Monteiro não ter aberto um inquérito com base nas escutas ao primeiro-ministro. "Sabendo as escutas entre o Armando Vara e José Sócrates não havia motivo para o procurador abrir um inquérito?".

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