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Morreu Otelo Saraiva de Carvalho, capitão de Abril

O capitão de Abril Otelo Saraiva de Carvalho morreu este domingo aos 84 anos, segundo a TSF e o Observador.

25 de Julho de 2021 às 10:38

O coronel que montou a estratégia militar da revolução do 25 de Abril de 1974 e que liderou o COPCON estava internado no Hospital Militar, segundo o Observador.

Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho nasceu a 31 de agosto de 1936, em Moçambique.

Iniciou a formação como cadete-aluno em 1955 e quatro anos depois foi promovido a aspirante oficial. Chega a alferes do Quadro Permanente do Exército (QPE) em novembro de 1960 e cerca de um ano depois é mobilizado para a primeira comissão em África, rumando a Luanda. Fez mais duas comissões, a última das quais na Guiné, já como capitão de artilharia.

Após o regresso a Portugal e face ao fracasso do Levantamento das Caldas, Otelo Saraiva de Carvalho começou a arquitetar o plano militar de operações que deu origem ao golpe militar de 25 de Abril, tornando-se no seu principal estratega.

Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho nasceu a 31 de agosto de 1936, em Moçambique.

Iniciou a formação como cadete-aluno em 1955 e quatro anos depois foi promovido a aspirante oficial. Chega a alferes do Quadro Permanente do Exército (QPE) em novembro de 1960 e cerca de um ano depois é mobilizado para a primeira comissão em África, rumando a Luanda. Fez mais duas comissões, a última das quais na Guiné, já como capitão de artilharia.

Após o regresso a Portugal e face ao fracasso do Levantamento das Caldas, Otelo Saraiva de Carvalho começou a arquitetar o plano militar de operações que deu origem ao golpe militar de 25 de Abril, tornando-se no seu principal estratega.


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Dia 25 de abril de 1974

No dia da Revolução dos Cravos, foi Otelo quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha, de 24 a 26 de abril de 1974. E entre as decisões que teve de tomar nesse dia esteve a aceitação de que fosse Spínola a receber o poder das mãos de Marcelo Caetano, em vez de alguém do Movimento das Forças Armadas.

Já em junho de 74 e após a revolução, foi nomeado por Spínola comandante-Adjunto Comando Operacional do Continente (COPCON), estrutura que passa a assumir plenamente a partir de setembro de 1974. Foram depois surgindo divisões no seio do MFA e Otelo foi-se tornando num dos militares mais radicais do movimento.

É com o 25 de novembro de 1975 que é afastado de todos os cargos, nomeadamente o papel do comando efetivo do COPCON.

Em 1984, foi julgado e preso pelo seu papel nas FP-25, tendo cumprido cinco anos de prisão efetiva. Em 1996, a Assembleia da República pôs fim a todos os processos relacionados com as FP-25, aprovando um indulto aos envolvidos.

Dia 25 de abril de 1974

No dia da Revolução dos Cravos, foi Otelo quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha, de 24 a 26 de abril de 1974. E entre as decisões que teve de tomar nesse dia esteve a aceitação de que fosse Spínola a receber o poder das mãos de Marcelo Caetano, em vez de alguém do Movimento das Forças Armadas.

Já em junho de 74 e após a revolução, foi nomeado por Spínola comandante-Adjunto Comando Operacional do Continente (COPCON), estrutura que passa a assumir plenamente a partir de setembro de 1974. Foram depois surgindo divisões no seio do MFA e Otelo foi-se tornando num dos militares mais radicais do movimento.

É com o 25 de novembro de 1975 que é afastado de todos os cargos, nomeadamente o papel do comando efetivo do COPCON.

Em 1984, foi julgado e preso pelo seu papel nas FP-25, tendo cumprido cinco anos de prisão efetiva. Em 1996, a Assembleia da República pôs fim a todos os processos relacionados com as FP-25, aprovando um indulto aos envolvidos.

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