Portugal atrai pouco IDE e muito concentrado na indústria
A estrutura do investimento directo estrangeiro (IDE) em Portugal mantém-se praticamente inalterada desde o início da década, com a indústria a manter e até a reforçar a posição dominante (67%) e o sector dos serviços a não acompanhar a tendência europeia de crescimento.
A estrutura do investimento directo estrangeiro (IDE) em Portugal mantém-se praticamente inalterada desde o início da década, com a indústria a manter e até a reforçar a posição dominante (67%) e o sector dos serviços a não acompanhar a tendência europeia de crescimento.
Em linha com a quota de mercado sectorial nos últimos anos (ver gráficos), dos 37 projectos de IDE (27 novos e 10 de alargamento) de que Portugal beneficiou em 2007, 65% foram direccionados para o sector industrial e 16% para serviços.
De acordo com um estudo da consultora Ernst & Young (E&Y), apesar dos novos investimentos industriais identificados terem sido bastante diversificados - incluem a montagem automóvel, electrónica, investigação científica, química, farmacêutica e eléctrica - os dados mostram que é ainda a mais tradicional actividade transformadora, menos geradora de mais-valias e de diferencial de competitividade, que tem a mais relevante quota de mercado (55%) do IDE em Portugal.
José Gonzaga Rosa, 'partner' da Ernst & Young, explicou ao Negócios que esta tendência deve-se à "importância que o sector automóvel ainda continua a ter em Portugal, ao contrário da Europa onde surge em oitavo lugar em termos de captação de investimento". No total europeu, a percentagem do IDE na indústria baixou de 63% para 60%.
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