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Tarifas: Montenegro anuncia pacote superior a 10 mil milhões de euros

Luís Montenegro revela que o Governo, depois de contactos com quase duas dezenas de associações empresariais, decidiu avançar com um pacote de medidas para apoiar os setores mais afetados pelas tarifas dos EUA.

10 de Abril de 2025 às 13:26

O Governo vai avançar com um pacote superior a 10 mil milhões de euros para apoiar as empresas dos setores que poderão ser mais afetados pelas tarifas anunciadas por Donald Trump, que entretanto foram suspensas. Luís Montenegro, primeiro-ministro, diz que o país está preparado para as ajudar, apesar da pausa nestas taxas aduaneiras.

O valor do apoio foi revelado pelo chefe do Executivo no briefing do Conselho de Ministros. Pedro Reis, ministro da Economia, concretizou que com o "Programa Reforçar", o Governo procurará "colocar na economia 10 mil milhoes de euros em linhas de apoio ao investimento, à competivdade, à exportação e à internacionalização".

Este pacote, com os vários vectores, é a resposta de Portugal às tarifas que foram anunciadas por Donald Trump. A Casa Branca avançou a 2 de abril com tarifas recíprocas que, no caso da União Europeia, são de 20%. Esta taxa entrou em vigor esta quarta-feira, mas a sua aplicação foi suspensa. Trump anunciou uma pausa para os países que não retaliarem.

"Saudamos a pausa de 90 dias", disse Luís Montenegro, depois de afirmar que a atuação dos EUA é uma "ameaça ao crescimento económico mundial" que "não beneficia ninguém". "Mas uma pausa é isso mesmo, apenas uma pausa", alertou o primeiro-ministro em gestão.

"Temos de ter trabalho feito dentro de casa e à escala europeia" para o momento em que essas tarifas deixem de estar em pausa, acrescentou. Mas alertou que "não é tempo para reações irrefletidas" às medidas dos EUA.

É neste sentido que, diz, "Portugal continuará a trabalhar com a Comissão Europeia" na resposta que a União Europeia dará às tarifas recíprocas. "

Há semanas que mantemos com recato uma ligação" com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse.

A resposta da UE, defende Montenegro, devef ser uma "resposta robusta e proporcional, na defesa dos seus Estados-membros". Contudo, a  "prioridade absoluta é a negociação com os EUA" na tentativa de encontrar uma solução negociada.

(Notícia atualizada às 13:41 com mais informação)

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