Passos: Actuação do BCE é um conflito de interesses
"A Europa já tem o Mecanismo de Estabilidade Europeu, que consegue lidar essas situações [de emergência]. Um Fundo Monetário Europeu que absorvesse o mecanismo de estabilidade poderia ajudar a criar outra confiança nas nossas instituições", afirmou aos jornalistas Pedro Passos Coelho, depois de uma reunião com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi.
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O governante português explicou que isso tornaria mais fácil justificar a ajuda prestada a países em crise, sem parecer que se trata de "uma transferência de rendimentos de cidadãos de uns países para cidadãos de outros países", como acontece actualmente.
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Além disso, Passos sublinhou ainda que esse Fundo Monetário Europeu poderia também "dispensar a intervenção do BCE nestas matérias". "Hoje temos um certo conflito de interesses, na medida em que a autoridade monetário discute planos de emergência, que têm [depois] impacto na política monetária", acrescentou. "Era importante que o Fundo Monetário Europeu fosse a contra-parte do BCE."
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"Isso põe um ponto final na troika tal qual a conhecemos", concluiu o primeiro-ministro.
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Pedro Passos Coelho fará o discurso de encerramento da conferência State of the Union, que está a ter lugar desde quarta-feira em Florença.
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Nota: O jornalista viajou a convite da Fundação Francisco Manuel dos Santos
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