Governo mantém objectivo de colocar défice abaixo de 3%
A Comissão Europeia prevê que Portugal registe, este ano, um défice de 3%, mas o Governo continua convencido de que ficará abaixo dessa marca. "Mantemos o objectivo de ficar abaixo dos 3% e reiteramos esse compromisso", afiançou Maria Luís Albuquerque, no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira. A ministra das Finanças disse ainda que "é de assinalar que a Comissão Europeia cada vez mais se aproxima da meta que traçamos no Orçamento do Estado para 2015".
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Maria Luís Albuquerque fez questão de notar que inicialmente "a Comissão Europeia apontava para um défice de 3,2%", que depois "reviu para 3,1%", e o "valor apresentado hoje é de 3%". No Orçamento actualmente em vigor, o anterior Governo estimava que o défice deste ano ia ser de 2,7%, uma meta que o actual Executivo deixou de defender, preferindo garantir que o défice orçamental ficará abaixo de 3%.
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Questionada sobre se um défice de 3% já permite sair do Procedimento de Défices Excessivos, a ministra respondeu afirmativamente: "permite". "A regra diz que o défice não pode ficar acima de 3%" e que não pode ser apresentada uma trajectória ascendente para futuro, justificou Maria Luís Albuquerque.
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A trajectória de consolidação orçamental "que tem vindo a ser seguida" vai permitir a saída do PDE, o que significa que Portugal pode aceder às "vantagens da flexibilidade inerentes a essa nova situação", antecipou a ministra.
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Por isso é que é essencial que medidas de austeridade como o corte de salários ou a sobretaxa de IRS sejam mantidas (embora atenuadas) em 2016. "Naturalmente que nos preocupa um cenário em que seja não possível continuar a trajectória de consolidação das contas públicas, porque isso implicaria o não cumprimento de compromissos que Portugal assumiu, e isso tem consequências em matéria da confiança não só dos agentes externos mas também dos portugueses", avisou.
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