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Pizarro anuncia contratualização com setor social para a falta de médicos de família

O ministro da Saúde valoriza "resultados positivos", mas reconhece que ainda há caminho para fazer ao nível dos médicos de família. Sobre as negociações com os profissionais nada disse.

Manuel Pizarro
Manuel Pizarro Miguel Baltazar / Cofina
31 de Outubro de 2023 às 13:23

O ministro da Saúde anunciou que o Governo vai recorrer à "contratualização com o setor social" para responder à falta de médicos de família no país. O anúncio foi feito no âmbito do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024.

Em tempos de uma relação conturbada entre os profissionais de saúde e o Executivo, Manuel Pizarro nada disse sobre as negociações, mas aproveitou a intervenção no Parlamento para anunciar aspetos adicionais na resposta "aos 1,6 milhões de pessoas que ainda não têm médico de famílias": "a contratualização com o setor social e o atendimento a cidadãos de forma transitória para garantir que todos continuem a ter acesso à saúde".

"Temos tido resultados positivos, mas enfrentamos ainda uma vaga de profissionais que atingem a idade da reforma, que causará muitas dificuldades até ao final de 2024. Tomaremos por isso medidas adicionais, incluindo a contratualização com o setor social e o atendimento a cidadãos de forma transitória para garantir que todos continuem a ter acesso à saúde", explicou.

Esta é uma medida que surge no seguimento do anúncio, na sexta-feira, do reforço das 697 vagas para formação médica especializada de médicos de família em 2024. 

Curiosamente, esta é uma medida que já tinha sido defendida pelo PSD no início de outubro quando apresentou as suas prioridades para o Orçamento do Estado. "Temos uma proposta de contratualização com o setor social e privado para resolver no curto prazo esta deficiência do SNS", referia o documento social-democrata.

No seu discurso, Pizarro defendeu a necessidade de "reconhecer o esforço que tem sido exigido aos profissionais do SNS".

"Durante a pandemia estiveram lá, com coragem e com dedicação para proteger os portugueses. Quando superámos a pandemia pedimos mais trabalho para recuperar a atividade assistencial que tinha ficado para trás. É por isso essencial reconhecer esse esforço e essa dedicação. O Governo tem dado especial atenção ao reforço do SNS", afirmou o responsável pela pasta da Saúde.

"É o momento para reafirmar que o SNS como um elemento essencial do Portugal de abril, que ajudou os portugueses a alcançarem resultados em saúde que ombreiam ou superam os dos países mais desenvolvidos, que é um instrumento insubstituível de coesão social e territorial", acrescentou.

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