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Operação Trapos deteta fraude de 7,5 milhões no têxtil

O Fisco, juntamente com a Polícia Judiciária, detetou um esquema criminoso na indústria têxtil para fuga aos impostos e obtenção ilegítima de subsídios. Já foram arrestados imóveis no valor de 2,5 milhões de euros.

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textil texteis empresas industria Paulo Duarte
21 de Julho de 2021 às 12:50

Um conjunto de empresas e indivíduos que operam na indústria têxtil são suspeitos da prática, entre outros, dos crimes de fraude fiscal qualificada, burla tributária, fraude na obtenção de subsídio e branqueamento de capitais.

O anúncio foi feita esta quarta-feira, 21 de julho, pela Autoridade Tributária e Aduaneira. A investigação foi batizada como "Operação Trapos" e o Fisco estima que estejam em causa vantagens patrimoniais ilegítimas que rondam os 7,5 milhões de euros.

O anúncio foi feita esta quarta-feira, 21 de julho, pela Autoridade Tributária e Aduaneira. A investigação foi batizada como "Operação Trapos" e o Fisco estima que estejam em causa vantagens patrimoniais ilegítimas que rondam os 7,5 milhões de euros.

O esquema ilegal agora detetado parte de diversas sociedades geridas, de facto, por um único individuo, que socorrendo-se do auxílio de funcionários, contabilistas e os chamados "testas de ferro", conseguiu obter "vantagens patrimoniais ilegítimas em sede de IRC e IVA, bem como ainda obter subsídios de forma ilegítima", adianta em comunicado.

Para o efeito, terá sido utilizado "um complexo sistema de faturação cruzada e diversa faturação falsa" e realizados "negócios não faturados", explica ainda a AT. Os valores assim obtidos terão posteriormente sido branqueados com a realização de negócios no setor imobiliário.

Para o efeito, terá sido utilizado "um complexo sistema de faturação cruzada e diversa faturação falsa" e realizados "negócios não faturados", explica ainda a AT. Os valores assim obtidos terão posteriormente sido branqueados com a realização de negócios no setor imobiliário.

Os arguidos foram já sujeitos a primeiro interrogatório judicial e aguardam o decurso do processo em liberdade, com prestação de caução, proibição de contactos, apresentações periódicas em postos policiais e proibição de exercício de funções.

Foram arrestados preventivamente imóveis pertencentes a uma das empresas arguidas, cujo valor global foi fixado em 2.486.649,96 euros. 

A operação foi levada a cabo através da Direção de Finanças do Porto e da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, no âmbito de uma equipa mista de investigação dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal. Incluiu a realização de 26 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, bem como à execução de sete mandados de detenção fora de flagrante delito.

Segundo a AT, participaram 29 inspetores tributários da Direção de Finanças do Porto, oito peritos do Núcleo de Informática Forense da Autoridade Tributária e Aduaneira e cerca de 70 elementos da Polícia Judiciária.

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