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PJ vigiou jantar de Vieira e ex-juiz Rui Rangel no estádio da Luz

O encontro aconteceu poucos dias após o líder do Benfica dizer que era preciso “apertar com o Rangel” para resolver um processo fiscal em Sintra. Vieira está acusado de oferta indevida de vantagem na operação Lex.

luis filipe vieira benfica
luis filipe vieira benfica Miguel A. Lopes/Lusa
22 de Fevereiro de 2021 às 10:27

Menos de uma semana depois de Luís Filipe Vieira ter desabafado ao telefone com o advogado Jorge Barroso que iria "apertar com o Rangel" para ver se ele resolvia um processo fiscal pendente em Sintra, o presidente do Benfica jantou a 23 de maio de 2017 com o ex-juiz Rui Rangel.

Segundo noticia o CM, a Polícia Judiciária soube do encontro através de interceções telefónicas e montou uma operação de vigilância em vários pontos da cidade de Lisboa. No restaurante 3º Anel, no Estádio da Luz, os inspetores fizeram-se passar por clientes e fotografaram o encontro, cujas imagens constam num apenso do processo da Operação Lex, que investiga um alegado esquema de corrupção para viciar a distribuição de recursos na Relação de Lisboa.

Luís Filipe Vieira está acusado de oferta indevida de vantagem por ter oferecido bilhetes e viagens a Rui Rangel, entretanto expulso da magistratura. Em troca, diz o Ministério Público, pretendia a ajuda para resolver aquele processo fiscal. "Vem sempre ao meu pensamento Sintra, Sintra. Quando resolvemos?", lê-se numa mensagem enviada por Vieira ao então magistrado.

Além do presidente do Benfica e de José Veiga, empresário ligado ao futebol, na operação Lex foram acusadas outras 15 pessoas, entre as quais o antigo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, o juiz Luis Vaz das Neves, e o oficial de justiça daquele tribunal, Octávio Correia, e a sua mulher.

O juiz Rui Rangel está acusado de corrupção passiva para ato ilícito, abuso de poder, recebimento indevido de vantagem, usurpação de funções, fraude fiscal e falsificação de documento. Para garantia do pagamento das vantagens obtidas pelos acusados, num montante superior a 1,5 milhões de euros, o Ministério Público requereu o arresto do património dos arguidos.

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