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Biden quer injetar 1,9 biliões de dólares na economia

O presidente eleito dos EUA, o democrata Joe Biden, apresentou esta noite uma vasta proposta de estímulos para revitalizar a economia durante a pandemia e ajudar as comunidades das minorias.

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15 de Janeiro de 2021 às 00:39

Joe Biden quer injetar na economia norte-americana mais 1,9 biliões de dólares de ajuda pandémica, distribuída nomeadamente por assistência financeira a particulares e empresas e por um apoio específico ao combate à covid-19 no país.

Foi este o valor do pacote de estímulos apresentado esta noite pelo presidente eleito, que trabalhará estreitamente com o Congresso com vista à sua rápida aprovação – se bem que o processo de "impeachment" de Trump ameace consumir grande parte do tempo dos congressistas nas primeiras semanas de Administração Biden, que toma posse a 20 de janeiro.

O novo pacote de alívio pandémico reforçará para 2.000 dólares o valor de cada "cheque" a entregar aos americanos que ganhem menos de 75.000 dólares por ano.

No pacote de apoio de 892 mil milhões aprovado pelo Congresso em dezembro tinham já sido aprovados "cheques" individuais no valor de 600 dólares. Trump sugeriu que fossem elevados para 2.000 dólares e será mesmo assim, já que a proposta de Biden contempla mais 1.400 dólares, o que perfaz os 2.000 por pessoa.

Depois dos dois pacotes de estímulos orçamentais viabilizados no ano passado, este será o terceiro – e já com o selo de Biden.

O valor de 1,9 biliões arrisca-se a encontrar resistência junto dos republicanos, que deverão opor-se a um montante tão elevado e que inclui ajuda aos governos locais e estaduais.

Esta quantia reparte-se por 400 mil milhões de dólares para a gestão da covid-19 – onde se incluem os testes e rastreamento, bem como um programa nacional de vacinação que ajude a Administração a atingir o seu objetivo de ter 100 milhões de pessoas vacinadas nos primeiros 100 dias de Biden no poder –, mais de 1 bilião de dólares em ajudas diretas e 440 mil milhões para as comunidades e empresas.

É, assim, mais de 50% superior aos quase 900 mil milhões aprovados no mês passado e que estiveram em negociação durante seis meses (esses 900 mil milhões foram o valor do pacote de estímulos, mas a proposta aprovada no Congresso incluiu também o projeto de financiamento do governo federal no valor de 1,4 biliões de dólares para que este continuasse a funcionar, o que elevou a proposta total a 2,3 biliões).

O plano de estímulos de Biden fica apenas ligeiramente abaixo do pacote de março do ano passado (de 2,2 biliões de dólares), aquando do início da pandemia no país.

Algumas medidas agora apresentadas, incluindo ajudas aos estados e dinheiro para os cuidados de saúde, poderão precisar de 60 votos no Senado – que está empatado a 50-50 entre republicanos e democratas, com a vice-presidente eleita Kamala Harris a fazer o desempate quando for necessário, o que significa, no fundo, que confere o controlo aos democratas.

Os subsídios extra para os desempregados e as ajudas estaduais, a par com o salário mínimo, poderão precisar somente de uma maioria simples, nos termos de uma norma específica, refere a Bloomberg.

A esta proposta de 1,9 biliões de dólares seguir-se-á uma segunda, a apresentar nas próximas semanas, que assenta num plano mais vasto de retoma económica e do mercado laboral, onde estarão incluídos fundos para objetivos de desenvolvimento a mais longo prazo – como as infraestruturas e as alterações climáticas, comentou à Bloomberg um responsável da próxima Administração.

"Não é difícil perceber que estamos perante uma crise económica e de saúde pública como não havia registo há várias gerações. Temos perante nós uma crise de profundo sofrimento humano e não há tempo a perder", declarou Biden esta noite. "Temos de agir, e tem de ser já", acrescentou.

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