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Pedro Nuno quer redução de prazos do novo aeroporto e reitera TAP com maioria de capital público

"A decisão foi tomada, mas há muito trabalho a fazer com a ANA, nomeadamente para garantirmos com a ANA que não explora os prazos todos contratuais até ao limite", disse o líder socialista. Já sobre a TAP, reiterou que o Estado deve ter a maioria do capital, mas defende também a abertura a outros investidores.

Pedro Nuno Santos na apresentação do programa eleitoral do PS em Abril de 2025
Pedro Nuno Santos na apresentação do programa eleitoral do PS em Abril de 2025 Lusa
05 de Maio de 2025 às 17:40

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu esta que é preciso que a ANA Aeroportos "se despache" e que sejam reduzidos de "forma significativa" os prazos da construção do novo aeroporto de Lisboa.

"A decisão foi tomada, mas há muito trabalho a fazer com a ANA, nomeadamente para garantirmos com a ANA que não explora os prazos todos contratuais até ao limite e conseguirmos, em conjunto, que seja possível antecipar, de forma significativa, os prazos que estão salvaguardados nos contratos", afirmou Pedro Nuno Santos, durante um almoço, em Lisboa, com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

No segundo dia de campanha oficial para as legislativas, o líder socialista falou sobre a questão do novo aeroporto de Lisboa e da TAP, depois do presidente desta confederação, Francisco Calheiros, ter classificado estes temas como fundamentais para o país.

"Por isso, neste momento, aquilo que nós temos de garantir é que a empresa que tem a concessão dos nossos aeroportos se despache", afirmou o líder socialista, salientando que há um "trabalho que se tem que fazer, como é evidente".

O Governo tinha estimado que o Aeroporto Luís de Camões entrasse em funcionamento em 2034, mostrando-se menos otimista do que a Comissão Técnica Independente (CTI), que apontava a conclusão da primeira pista para 2030 e um custo total da obra de 6.105 milhões de euros.

"2030 e 2031 temos de dizer aos portugueses com clareza que não é possível. Para nós, um prazo de 10 anos, 2034, será razoável", afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Já antes, Francisco Calheiros tinha falado sobre a solução para o aeroporto defendida em 2022 por Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas.

"Devo-lhe dizer que mantenho exatamente a opinião que partilhamos quando era ministro das Infraestruturas, eu acho que a sua decisão é correta, ou seja, avançamos já para o Montijo e definimos desde já que quando o Montijo não der mais, será Alcochete, essa continua a ser a nossa opinião, que é a sua", afirmou o responsável pela CTP. Pedro Nuno Santos referiu que a solução recordada por Francisco Calheiros "não é recuperável, já foi ultrapassada".

"Aquilo que sei é que neste ano, se tudo tivesse corrido de acordo com os prazos, estávamos a receber mais aviões e mais passageiros. Se a decisão tivesse sido concretizada na altura e, depois, com tempo e com outra segurança, nós faríamos a preparação para um infraestrutura de maior dimensão que substituísse as outras duas", enfatizou Pedro Nuno Santos. O secretário-geral do socialista disse que este é "um barco que já partiu".

Em 2022, O Ministério das Infraestruturas, na altura liderado por Pedro Nuno Santos, anunciou uma solução para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa que previa a construção de um aeroporto na atual Base Aérea n.º 6 do Montijo até 2026 e outro no Campo de Tiro de Alcochete, para entrar em funcionamento em 2035, que substituiria o Humberto Delgado.

O despacho viria a ser revogado por ordem do então primeiro-ministro Antonio Costa.

Francisco Calheiros lembrou que se passou mais um ano depois da apresentação do projeto do novo aeroporto de Lisboa e "nada evoluiu".

Francisco Calheiros defendeu ainda que a TAP "é extremamente importante para o turismo", nomeadamente para toda a parte da região de Lisboa e Centro e Alentejo e ligações às ilhas" e quis saber a posição do PS sobre a privatização da TAP?

Sobre a privatização, Pedro Nuno Santos salientou que a sua posição é a "mesma desde há muito tempo", nomeadamente de que o Estado "deve ter a maioria do capital da TAP" e abrir "o capital a investimento estrangeiros, nomeadamente de outros grupos da indústria".

"Hoje é sabido que os três principais grupos de aviação europeus estão disponíveis para entrar no capital da TAP sem ter controlo da companhia, eu acho que essa é a melhor opção", defendeu.

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