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Porto acolhe Associação Médica Mundial com médicos israelitas dentro e protestos fora

Haverá uma vigília de protesto contra a participação da Associação Médica israelita na Assembleia Geral anual da World Medical Association, que vai reunir na Invicta, nos próximos dias, um leque alargado de médicos e figuras de topo da saúde de praticamente todo o planeta.

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porto cidade ruas casas predios DR
07 de Outubro de 2025 às 12:43

Uma unidade hoteleira da cidade do Porto acolhe, de 8 a 11 de outubro de 2025, a Assembleia Geral anual da World Medical Association (WMA), evento organizado pela Associação Médica Portuguesa que vai juntar médicos globais para debater a inteligência artificial, políticas de saúde e os desafios da profissão.

Criada em 1947, a Associação Médica Mundial é uma confederação internacional e independente de associações médicas profissionais, representando os médicos a uma escala global, e tem como principal objetivo servir a Humanidade, trabalhando para conseguir os mais altos padrões internacionais nas áreas de educação, ciência, artes e ética relacionadas com a Medicina, para todas as pessoas no mundo.

A Assembleia Geral da organização elege o conselho executivo de dois em dois anos, com representantes de cada uma das seis regiões da WMA, nomeadamente África, Ásia, Europa, América Latina, América do Norte e Pacífico.

Entretanto, cinco coletivos e médicos portugueses convocaram uma vigília de protesto contra a participação da Associação Médica Israelita na Assembleia Geral da WMA no Porto.

“Em colaboração e solidariedade com um grupo de mais de 200 profissionais de saúde palestinianos, os coletivos Israelitas pela Palestina, Humans Before Borders, Coletivo pela Libertação da Palestina, Estudantes do Porto em Defesa da Palestina e Parents for Peace Portugal organizam uma vigília de protesto contra a participação da Associação Médica Israelita na Assembleia Geral da World Medical Association (WMA)”, avança a organização do protesto, em comunicado.

A organização da vigília “denuncia a cumplicidade da Associação Médica Israelita (IMA) no genocídio do povo palestiniano, genocídio este denunciado por várias organizações, nomeadamente a International Association of Genocide Scholars, Médicos Sem Fronteiras, Human Rights Watch, Amnistia Internacional e a comissão independente da UN”, alega.

“Esta ação toca visceralmente no meu ser e no meu sentir. Praticamente todas as estruturas de saúde já foram atacadas por Israel. Médicos e paramédicos raptados, torturados e executados enquanto trabalham. É hora de tomar ações concretas. É isso que os organizadores pedem à WMA, e fico muito orgulhoso de estar ao seu lado como médico e ser humano”, afirma Gustavo Corona, intensivista e ativista humanitário, autor dos livros “Olhem para o Mundo com o Coração” e “O Mundo Precisa de Saber”.

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