Shell suspende navegação no Mar Vermelho
O número de empresas a tomar a decisão de evitar a rota do Mar Vermelho continua a crescer. Desta vez, a petrolífera britânica Shell anunciou esta terça-feira, 16 de janeiro, suspender todos os embarques por esta rota marítima por tempo indefinido, avança o Wall Street Journal.
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O receio de uma nova escalada de ataques entre os rebeldes houthis e as milícias ocidentais ao longo do Mar Vermelho põe em causa a segurança das tripulações dos navios comerciais da Shell, que quer evitar o desencadeamento de um "derrame massivo" na região.
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Em dezembro do ano passado, um navio fretado pela Shell que transportava combustível de aviação indiano foi alvo de ataque por um drone e "assediado" por pequenas embarcações do grupo de rebeldes, segundo as autoridades marítimas. A empresa não quis comentar sobre a suspensão da navegação e o ataque.
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A Shell junta-se a outras grandes transportadoras que evitam fazer a travessia pelo Mar Vermelho. No mês passado, a rival BP já tinha tomado a mesma decisão, assim como a QatarEnergy o anunciou esta semana. Com receio de ser apanhado no conflito, o país do Golfo suspendeu o uso da rota para as exportações de gás natural. Também a gigante Maersk decidiu no mês passado que a zona era demasiado perigosa para circulação. No entanto, a Reuters noticiou esta terça-feira que a empresa enviou dois navios porta-contentores pelo Mar Vermelho, com mercadorias para os militares dos Estados Unidos.
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Maior transportadora do Japão em vendas foge da "zona perigosa"
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A japonesa Nippon Yusen (NYK) seguiu os passos de outras companhias de transporte e interrompeu o trânsito de navios pelo Mar Vermelho, anunciaram esta terça-feira, 16 de janeiro. A frota da empresa foi aconselhada a "esperar em águas seguras" por alguma decisão de nova rota a seguir.
Com sede em Tóquio, é a maior transportadora do país em vendas e opera 818 navios em quase 60 países. É conhecida por fazer o transporte de automóveis e máquinas pesadas de construção, com capacidade para 660 mil carros - representando 17% da capacidade mundial da frota de transporte de automóveis.
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Duas outras transportadoras do Japão (a Mitsui O.S.K. Lines e a Kawasaki Kisen Kaisha) seguiram a mesma diretiva da NYK, informou o diário de negócios japonês Nikkei.
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12% do comércio marítimo de petróleo passa pelo Mar Vermelho
Um navio com a bandeira de Malta foi esta terça-feira atingido por um míssil enquanto transitava em direção ao norte do mar de "águas perigosas", anunciou a empresa britânica de segurança marítima Ambrey.
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Este é o mais recente ataque do conflito que tem feito soar os alarmes dos mercados globais e alterado as rotas marítimas internacionais de grandes companhias, que são agora forçadas a navegar em torno do continente africano de forma a evitar percorrer o Mar Vermelho, por onde passa cerca de 12% do comércio marítimo global de petróleo.
Os ataques têm escalado depois de a ofensiva comandada pelos Estados Unidos ter atacado, por via aérea, os houthis do Iémen, em resposta às dezenas de mísseis e drones lançados pelos rebeldes contra navios comerciais ao longo do Mar Vermelho. Os houthis prometeram continuar a campanha contra os Estados Unidos e outros alvos internacionais em resposta às ações de Israel em Gaza. "Qualquer pessoa que nos tente impedir disso irá falhar", disse um membro do grupo na segunda-feira, sublinhando que consideram agora os navios norte-americanos e britânicos "alvos legítimos".
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A crescente tensão no Médio Oriente tem feito os preços do petróleo oscilarem. Esta terça-feira, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,56% para 73,09 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, ganha 1,04% para 78,96 dólares por barril. Para participar no Fórum do Caldeirão de Bolsa dedicado à insegurança no Mar Vemelho clique aqui.
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