CEO recebem mais quando as empresas têm lucro? Nem sempre
Em 2023, a remuneração global dos presidentes executivos das empresas cotadas no PSI teve um aumento médio de 5,7% face a 2022 e os CEO receberam, no total, quase 19,2 milhões de euros,mais do que os 18,1 milhões de 2022.
PUB
Pedro Soares dos Santos, do grupo Jerónimo Martins, foi quem teve a maior subida percentual e também a remuneração total mais volumosa. O ano passado, o CEO da empresa dona do Pingo Doce ganhou 3,92 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 31,5% em relação a 2022.
O CEO da EDP ocupou o segundo lugar do pódio, com 2,1 milhões de euros, mais 15,9% do que em 2022. Miguel Stilwell de Andrade acumula a liderança executiva da EDP com a da EDP Renováveis.
PUB
A remuneração da presidente executiva da Sonae foi a terceira maior. Com 1,74 milhões de euros, Cláudia Azevedo recebeu mais 8,5% do que no ano anterior.
Os CEO da Navigator e da Semapa viram as remunerações totais aumentarem em 2023, face ao ano anterior (18,2% e 16%, respectivamente). António Redondo recebeu 1,69 milhões de euros, enquanto Ricardo Pires ganhou 1,5 milhões de euros.
PUB
Nota ainda para o CEO dos CTT, que teve a segunda maior subida percentual face a 2022 (26,7%), mas insuficiente para o fazer entrar no clube dos oito que ganham mais de um milhão. João Bento recebeu 960 mil euros.
PUB
Entre as 14 cotadas do PSI analisadas, os lucros subiram 24% em relação a 2022, mas o aumento das remunerações dos CEO foi, em média, de 5,7%.
O caso do BCP é um exemplo. Em 2023, o banco liderado por Miguel Maya quadruplicou o lucro para 856 milhões de euros, numa subida de mais de 300%. No entanto, o CEO recebeu menos 9% do salário.
Também na Mota-Engil o lucro mais do que duplicou de 41 para 113 milhões, mas o CEO Carlos Mota dos Santos viu a remuneração total cair 9,8%.
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda