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Garantia angolana ao BESA protegia créditos que já estavam em incumprimento

O governo de Angola sabia que quase metade dos créditos protegidos pela garantia estatal estavam em incumprimento, disse Rui Guerra aos deputados da comissão parlamentar de inquérito.

Rui Guerra
Rui Guerra Miguel Baltazar/Negócios
10 de Fevereiro de 2015 às 18:40

A garantia angolana de 5,7 mil milhões de dólares a créditos do Banco Espírito Santo Angola protegia empréstimos que estavam já em incumprimento, disse na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES o antigo presidente executivo do BESA.

Rui Guerra afirmou aos deputados que, dos 5,7 mil milhões de dólares protegidos pela garantia estatal, 2 a 3 mil milhões estavam em incumprimento.

A deputada bloquista Mariana Mortágua quis esclarecer se o Governo de Angola sabia: "certo", respondeu. Rui Guerra recusou-se a prestar muitos esclarecimentos no inquérito parlamentar devido ao segredo bancário.

Depois de dar esta resposta, aquele que foi o presidente do BESA entre Janeiro de 2013 e Outubro de 2014 lembrou que "ter algo em incumprimento não quer dizer que não se possa sentar com o cliente, reestruturar e passar a receber".

Na sua audição, esta terça-feira 10 de Fevereiro, Rui Guerra deixou claro que os empréstimos protegidos foram validados para "aferir e testar a dificuldade" de virem a ser pagos.

O BESA precisou de uma garantia de 5,7 mil milhões porque havia créditos de que não se sabia quem eram os beneficiários últimos. Isto numa altura em que o BES tinha uma linha de financiamento de 3,3 mil milhões de euros. 

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