Coronavírus “fura” prazos de entrega nas compras online

Com as filas a aumentar e as prateleiras a esvaziar nos supermercados, os portugueses procuram alternativas nas encomendas pela Internet. Os retalhistas estão a reforçar as equipas para este canal, mas já avisam os clientes para a demora nas entregas.
Miguel Baltazar
António Larguesa 12 de Março de 2020 às 17:53

"Estamos a verificar um pico de procura no Mercadão, por isso pode ser mais difícil ter entrega no mesmo dia. (…) Estamos a ajustar a oferta de janelas de entrega, diariamente, para podermos fazer ainda mais entregas". Assinado pelo CEO, Gonçalo Soares da Costa, este é o aviso que está a ser feito aos clientes do "marketplace" que assegura as vendas do Pingo Doce através da Internet.

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Numa altura em que muitos portugueses, em reação a um eventual bloqueio causado pelo novo coronovírus, já iniciaram a corrida aos supermercados, deixando algumas prateleiras vazias, outros estão a optar por fazer essas compras online. E a "entupir" os sites das retalhistas, que viram disparar as estimativas para efeturaer as entregas.

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Ao Negócios, fonte oficial do Intermarché, insígnia alimentar do Grupo Os Mosqueteiros, referiu que "esta semana tem-se verificado um aumento nas vendas online, acompanhando a tendência verificada na loja física". "Nas compras online temos tido picos de procura e os clientes são avisados dos eventuais condicionalismos na entrega inerentes à situação atual", acrescentou.

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Logo após a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal, também o Continente Online registou "um crescimento de encomendas", com a Sonae MC a adiantar ao Negócios que "[tem] estado a mobilizar as equipas no sentido de dar a melhor resposta à maior afluência neste canal".

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"Além da entrega ao domicílio, o Continente Online também permite a compra online com levantamento em loja (serviço Click&Go, gratuito durante a semana, e 1€ ao fim de semana), bem como o pedido de entregas rápidas através das parcerias com a Glovo e SendEat", acrescentou a retalhista.

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Nesta loja online, a marca mais relevante do grupo da Maia está mesmo a publicitar um folheto promocional com o título "Encha a sua despensa". Válido até 16 de março, atrai os consumidores precisamente para alguns dos produtos de mercearia mais procurados nesta altura, como massas, bolachas ou conservas.

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O Negócios fez também uma simulação de compra no Auchan (ex-Jumbo), que ao final da manhã atirava para meados da próxima semana o prazo mínimo de entrega dos artigos no domicílio. Apesar de alguma lentidão, o serviço digital do Froiz não estava tão sobrecarregado. Alegando a "tranquilidade possível", o El Corte Inglés preferiu remeter informações para a APED.

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Logística em adaptação

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Ora, através de comunicado, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, liderada por Gonçalo Lobo Xavier, reiterou esta quinta-feira, 12 de março, que apesar do "aumento da procura" registado nas lojas na sequência do surto da Covid-19, tem sido "sempre assegurada a reposição" dos produtos.

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"Evidentemente que, com um maior afluxo repentino e aumento da procura em alguns produtos, a logística tem de se adaptar a estas alterações para que a reposição se faça rapidamente de modo a satisfazer as necessidades dos consumidores", anuiu, sustentando, porém, que "isso está a ser feito e dentro da normalidade".

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